ADOUA

O Imperador Négus Ménélik II (17 de Agosto de 1844 - 12 de Dezêmbro e 1913)

Négus Ménélik II é o nome real de Sahlä Maryan du Choa. Foi coroado em 1889 com os títulos de Rei dos Reis da Etiópia, Leão Conquistador da Tribo de Juda e Eleito dos Deuses.
Filho do Négus, (em aramaico, Rei ou também Rei dos Reis, o título podia ser pertença de vários grandes chefes em simultâneo porque a Abissínia era constituída por diferentes reinos - Godjam, Shäwa, Tigray - Rei dos Reis era o título supremo destinado ao Imperador da Etiópia que vigorou até a Revolução de 1974/75, Négus é uma palavra originária do geez, do antigo reino de Aksoum, língua litúrgica das igrejas ortodoxas etíope e eritreia e da comunidade Beta de Israel, os Falashas - em aramaico, exilado - os judeus etíopes, língua essa que representa para o aramaico o que o latim representa para as línguas novilatinas).
Filho do Négus Haïle Malakot du Shoa, (1847-1855), o príncipe Sahle Maryan nasceu em Ankober e foi designado, enquanto descendente directo do Rei Salomão de Israel e da Rainha do Saba, herdeiro da dinastia salomônica. Aquando da morte de seu pai em 1855, logo após a sua designação como novo Négus, foi feito prisioneiro pelo Négus Téwodros II na fortaleza Maqdala da qual se escaparia para reconquistar o trono que por direito pertencia-lhe.
Em 1 de Março de 1896, 1000.000 etíopes responderam ao seu apelo e, bem armados e dotados de forte artilharia, desbbarataram uma armada italiana constituída por 18.000 homens, dos quais 8.000 não europeus, próximo da localidade de Adoua. 6.000 europeus foram feitos prisioneiros, 1.500 ficaram feridos e 1.800 foram feitos prisioneiros na terrível batalha. Com esta acção, Ménélik II conseguiu para a Etiópia o reconhecimento da us independência pela Itália e pelos restantes estados ocidentais, tornado-se, a par da Libéria, no único país africano que nunca foi colonizado.